Neurociência e a Consciência Ciência e Espiritualidade 

» por  em 14/07/2013 em Ciência e EspiritualidadeNeurociência | 4 comentários

 

 

 NEUROCIÊNCIA E A CONSCIÊNCIA

Contribuições da física quântica

Primazia da consciência

 

 

 

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Não somos nosso cérebro, mas utilizamos esse órgão – extremamente sofisticado – para expressar e representar aspectos internos da consciência. Aqui valorizamos a consciência e ela tem podem causal. A neurociência tem avançado e permite hoje estudar o cérebro e seu funcionamento de forma dinâmica. Muito se tem progredido com vários estudos que utilizam a ressonância nuclear magnética funcional com o acender e apagar de neurônios no cérebro. Unir e compreender esses estudos científicos com o conhecimento transcendente da espiritualidade sob o paradigma fornecido pela física quântica – a consciência escolhe dentro das possibilidades da matéria – é o que tem nos motivado atualmente. Como podemos estudar e definir “consciência”? Tarefa árdua e quase impossível. É algo que é, simplesmente. Do ponto de vista prático e pragmático, há estudos que entendem e definem a consciência considerando ser apenas  as características subjetivas do indivíduo. Porém queremos ir além e tentar entender  a consciência de maneira ontológica, isto é, compreender a consciência como a “essência” última do ser.  Tarefa difícil? Muito difícil haja vista o total predomínio do atual paradigma que entende e estuda a consciência como um epifenômeno das diversas “faíscas” da dinâmica de funcionamento dos neurônios. Diante disso, temos que caminhar e fornecer os ingredientes do novo paradigma, que nasceu no início do século XX, e vem modificando a forma como os cientístas compreendem a matéria. Mudar paradigma não é fácil, mas também não é impossível.

 

Etmologicamente, consciência significa “saber com”. Exatamente isso! A consciência é o que é. Não temos como definir algo que é indefinível. Utilizamos de instrumentos intuitivos para capturar a idéia de consciência. O que é importante nesse momento é que não a compreendemos apenas como sendo as características subjetivas que integram o ser humano e, sim, como a “essência” divina individualizada em uma personalidade em evolução. Forma-se então uma consciência imediata – que identfica-se com o cérebro – interage com as possibilidades infinitas do universo e cria a realidade. Nessa dinâmica, cria também  o cérebro e todos os seus estados que representam as diversas características internas de cada personalidade em evolução. Essa consciência imediata identificada com o cérebro tem a propriedade de questionamento e busca do conhecimento e autoconhecimento. Diante disso, ela questiona a natureza e a mesma responde. A diversidade de respostas corresponde a diversidade de perguntas que realizamos. Os objetos da percepção são as respostas das perguntas que fazemos a Natureza. Nessa percepção e mensuração quântica no cérebro há uma separação aparente entre o sujeito que percebe e o objeto que é percebido. Pensamentos, sentimentos e qualquer outro estado cerebral (inclusive o próprio órgão cérebro) é considerado objeto de percepção. Como objetos que são constituem-se de matéria e a matéria segundo a física quântica são ondas de possibilidades. Essas ondas de possibilidades tornam-se reais com a observação e “atualização”. Essas possibilidades são “atualizadas” quando elas saem do mundo de Potentia indiferenciado, interconectado e tornam-se reais no espaço/tempo continuo da manifestação.

 

Cada idéia, cada pensamento, cada sentimento e cada emoção cria uma representação no cérebro através de um circuito neural. A consciência – compreendida do ponto de vista ontológico – escolhe as possibilidades do pensamento, do sentimento e qualquer outro estado e cria a realidade. O foco da sua atenção forma conexões. Criamos uma rede neural cerebral para representar a mente. A mente “molda” o cérebro! Essa é uma conclusão recente e só foi possível devido ao avanço de pesquisas e estudos realizados em diversos laboratórios de neurociência. Algumas constatações proporcionaram os primeiros vislumbres para chegarmos a conclusão de que a mente molda o cérebro. Uma pesquisa simples realizada com voluntários pode ser assim resumida: foi ensinado a sequência de uma música tocada ao piano (sequência simples). Esses voluntários treinaram durante algumas semanas ao piano e no final foi constatado o aumento da área cerebral responsável por esse aprendizado. Bom, isso já era esperado. O que não era esperado foi o resultado do treinamento de outros voluntários que tinham apenas que “imaginar” a sequência simples da melodia, sem no entanto terem que praticar diretamente ao piano. Ambos os grupos de voluntários foram analisados pela ressonância nuclear magnética funcional e a mesma área apresentou o aumento esperado. O cérebro não diferencia realidade de imaginação!!

 

A neurociência começa a compreender os circuitos cerebrais e tentam, sem êxito, compreender a consciência como epifenômeno de mecanismos biológicos que utilizam “engenhosidades” moleculares fantásticas. Essas “engenhosidades” ocorrem na intimidade da célula, longe da percepção consciente. Microtubulos e tubulinas (Hameroff e Penrose) são candidatos para explicar os fenômenos quânticos, dentro de um interacionismo inexistente – como pode interação de objetos (moléculas) produzir o sujeito da ação (consciência)? -  Se queremos ser realmente cientistas e ficarmos livres de paradoxos graves não podemos estudar a consciência ou qualquer elemento sutil como sendo subproduto do funcionamento de máquinas moleculares. Antes disso, temos que estudar como a consciência consegue se expressar utilizando-se dessas possibilidades! Se queremos realmente compreender e entender um mundo transcendente que há após o término do corpo físico, temos que obrigatoriamente admitir que o sutil coordena e causa o manifesto (o físico). Caso contrário, estaremos dando murro em cabeça de prego e continuaremos indiferentes no processo de envolvimento pessoal de transformação. Continuaremos em uma postura de indiferença e separação. Essa separação não existe. Caso contrário, não há possibilidade de existir um mundo sutil. Temos muitos elementos que corroboram com a idéia da  existência do mundo sutil, formado por uma matéria também sutil, que existe e permite que a consciência continue escolhendo dentre as possibilidades do sutil os seus corpos sutis (supramental, mental e vital), mesmo que ela não tenha mais a opção de escolha da matéria fixa, que é nosso corpo físico.

 

Pensamentos e sentimentos são objetos quânticos que utilizam das moléculas biológicas para existir no mundo dos fenômenos da manifestação fixa da matéria. Pensamento é matéria. Sentimento é matéria. Como tal, são ondas de possibilidades dentro das infinitas possibilidades de escolha que a consciência possui. Escolhas habituais e condicionadas. A consciência está em um processo evolutivo obedecendo a um impulso de “retorno” diante da maturação psicológica que todos nós seres humanos nos encontramos. A matéria fixa do corpo físico e toda sua biologia obedece a comandos sutis da mente (pensamentos e sentimentos), pois todos são feitos da mesma substância. Pensamento e neurotransmissor; sentimento e moléculas da emoção são codependentes. Um coordena do mundo sutil as ações no físico. Há uma sabedoria (processamento inconsciente) proveniente de um campo fundamental unificado de onde nascem as ondas do pensamentos e o movimento da energia vital do sentimento formando campos que atuam em campos que coordenam as ações no físico. Assim a medicina deverá estudar os desequilíbrios da alma que repercute no físico. Trazendo para a equação aquilo que foi negligenciado durante muitos anos em pesquisas científicas: o sutil. Pensar pode adoecer; sentir pode adoecer e há avanços que corroboram esse conhecimento. Diante disso estamos caminhando para aceitar a hipótese como sendo verdadeira de que existe o sutil, não podemos negá-lo. Se o negamos, ele continuará existindo e gritando para que possamos ouvir o seu chamado e agir de maneira consciente em todos os relacionamentos.

 

Quais são os aspectos internos que podem ser representados por meio de um circuito cerebral? Todos… Todas as características internas de nossa alma com seus sofrimentos, com suas sombras, com suas angústias, com seus medos, com suas inseguranças, com seus desejos, com seus anseios, com suas intenções, com sua bondade, com sua justiça, com seu amor, com sua abundância, com sua verdade, com sua gratidão, com sua alegria, com sua tristeza, com sua raiva, com seu ódio, com suas vontades, com sua serenidade, com sua felicidade, com sua equanimidade, com sua assertividade, com suas crenças, com seu automatismo inconsciente… toda a alma… a alma por inteiro… pode ser representada no cérebro. Mente e cérebro (corpo por inteiro) são formados por uma única substância. A consciência identifica-se com o cérebro no momento da mensuração quântica. No momento que observamos (nós consciências), a consciência divide-se em sujeito que observa e objeto observado. Não há como escapar dessa conclusão quando estudamos a física quântica sob o paradigma do primado da consciência. Somos observadores do universo. Nós criamos a realidade. Há muitas nuances nesse processo. O cérebro tem participação ativa, mas ainda assim é uma possibilidade de escolha da consciência, quando se trata de representar os aspectos internos da alma. A mente e o cérebro formam uma codependencia e o funcionamento cerebral adquire características complexas  ao tentarmos entender o que é a REALIDADE.

 

Observem a evolução e será comprovada essa observação. Podemos representar voluntariamente no cérebro estados de felicidade e sabedoria. Como fazer isso? Saindo das escolhas habituais… exercitando conviver com o sutil e trazer esse sutil para sua vida… trazendo e valorizando a consciência em e para tudo o que você faz… a consciência é a base de tudo. Não  posso fornecer uma receita a ser seguida, pois há vários níveis de consciência e cada qual assimila aquilo que está pronta para assimilar. Posso fornecer uma maneira diferente de dar significados aos contextos, pois acredito que mudando contextos a mente dá um significado diferente e um valor diferente surge na manifestação. O que falta hoje em dia? Valores? Quais valores? Todos? A civilização está esgotando o impulso do materialismo que admite ser a matéria a base de tudo para entrar no impulso da consciência como sendo a base de tudo. Há uma inversão de causalidade. Estamos saindo da primazia da matéria para valorizar não só a matéria, mas também a consciência. A consciência, não cansamos de afirmar, não é um epifenômeno do cérebro, mas, sim, é ela (consciência) quem “produz” – quem colapsa a função de onda – e literalmente cria a matéria e também o cérebro. Vamos pensar um pouco. Como podemos imaginar ou explicar que do mecanismo de funcionamento cerebral possa sair ou emergir algo sutil como a consciência ou qualquer outro aspecto interno da alma? Como que de interações de objetos pode-se fornecer o sujeito que observa? Problema difícil de ser resolvido pela neurociência quando o contexto que fornece os significados é a primazia da matéria. Há uma incompletude em tudo isso. Temos que sair desse raciocínio que prende,  amarra e tira o propósito da vida. A vida tem propósito!!!! Com um pouco de pensamento quântico podemos resgatar o livre arbítrio e a liberdade de escolha e, consequentemente, as responsabilidades sobre essas escolhas. Podemos dar um novo impulso em nossa evolução e criar uma realidade diferente dessa que criamos até agora.

 

Valorizar o sutil e viver em ação com esse significado. O que é o sutil? São aspectos internos e transcendentes de cada um de nós. Vejam e constatem por si mesmos: quando vejo uma pedra, ela surge externamente a minha percepção; quando penso, ele surge internamente a minha percepção. A pedra é externo e o pensamento é interno. A pedra podemos compartilhar; o pensamento não podemos compartilhar salvo raríssimas exceções. Foi essa diferença de percepção que fez com que Descartes levasse a uma bifurcação que perdura até hoje. A substância da pedra e a substância do pensamento são diferentes! Não! Não são! A física quântica e todo o arsenal de experimentos vem derrubar esse paradigma da separação e dizer que aspectos internos e externos são feitos da mesma substância. A pedra é um objeto quântico e necessita de uma representação mental para existir. Não percebemos os arranjos de átomos e partículas elementares que constituem a pedra. Por que então há essa aparente separação entre o que é externo e o que é interno? Um pouco de pensamento quântico ajuda! Átomos e partículas elementares são ondas de possibilidades que se expandem com uma velocidade incomensurável. A medida que as etapas de “atualização” ocorrem durante o ato psíquico da observação, essa onda de expansão vai tornando-se cada vez mais lenta e adiquirindo massa e peso durante esse processo. A transição do micro para o macro torna a onda de possibilidade cada vez mais lenta a ponto de entre observações não ser percebido qualquer modificação e dando a aparência de externo ao processo. A pedra está externo ao sujeito que a percebe. Com o pensamento o movimento quântico é muito mais dinâmico e a onda de expansão se modifica muito rapidamente o que torna o pensamento um aspecto interno e não compartilhável inicialmente. Quando a consciência colapsa a função de onda do pensamento esse surge internamente, particular e não externo, mas tanto pedra como pensamento são feitos da mesma substância. Isso acaba com a separação e a bifurcação e começamos a entender melhor a dinâmica de funcionamento de nosso Universo e nos tornarmos realmente participativos no processo evolutivo. Isso permite estudar o pensamento não mais como um epifenômeno do cérebro, mas com propriedades intrínsecas de força e poder causal que atua na biologia de maneira eficaz e conduz a novas pesquisas que fazem entender como pessoas com transtornos de humor podem adoecer mais facilmente que outras. O pensamento tem massa e peso e atua na matéria.

 

Pensamento é um objeto quântico. É feito de uma substância (não-diferente) da substância que é feito o cérebro. Não há dualidade nem dualismo. Os neurotransmissores (moléculas liberadas na fenda sinaptica – espaço entre dois neurônios – e que são rapidamente metabolizados pelo organismo) não são, com certeza, os pensamentos, mas o representam. Há uma descontinuidade entre o surgir do pensamento e o aparecimento do neurotransmissor. Não é um processo contínuo! Quando penso em um objeto qualquer – uma flor, por exemplo – milhares de sinais são disparados demonstrando a atividade de circuitos de neurônios dentro do cérebro. Quem coordena todos esses disparos? O erro é acreditar que são desses disparos de neurônios que fazem nascer os pensamentos. É ao contrário! São os pensamentos que fazem surgir os neurotransmissores no cérebro e esses passam a representar o pensamento em questão. A mente é capaz de moldar o cérebro! Eu posso, através da capacidade de visão mental, criar estados cerebrais que representem as emoções ditas positivas.

 

 

O sentimento também é um objeto quântico. É o movimento da energia vital dentro de um campo funcional que percebemos e representamos no físico através das interações da matéria (moléculas da emoção). Emoção, portanto, é a representação física do sentimento que é sutil. Por que isso é importante? Para podermos acreditar que com a morte do corpo físico algo sutil sobrevive. Caso contrário, se eu só acreditar que haja interações materiais e nada mais, o meu agir no mundo irá refletir esse significado e não haverá espaço para ser bom ou fazer o bem. Será tudo indiferente. Não tenho responsabilidade sobre meus atos. Entre ser bom e ser negligente não há diferença. Entenderam a importância de acreditar no sutil? A física quântica proporciona essa mudança de paradigma quando afirma que toda matéria são ondas de possibilidades. A intimidade da matéria deixou de ser um bloco concreto e passou a ser um mundo de conexões e interconexões onde a comunicação é instantânea e sem troca de sinais (não localidade quântica) e sempre aponta para além dela mesma. É a chance que temos novamente de valorizar aspectos que o materialismo científico negligenciou há 400 anos com a bifurcação e separação das substâncias que constituem o cosmo. Há muitas evidências para essa conclusão. O interno e o externo de todas as coisas são feitas de uma única substância. A consciência é a intermediária na escolha. Esse paradigma resolve todos os paradoxos científicos do interacionismo entre sutil e manifesto e não há quebra da lei de conservação da energia do mundo manifesto. Simples e complexo assim!!!

Abraços fraternos

Milton Moura

 

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