O QUE VOCÊ PROJETA, É O QUE ENCONTRA

 
Ontem, conversando dois amigos, fiquei admirado como eles tinham visões totalmente diferentes do país e de nossa cidade. Para um, "estava tudo errado". Para outro "tudo se encaminhava para melhorar cada vez mais".
Sou obrigado a concordar com ambos. Vivemos não em um país, estado ou cidade bons ou ruins, mas cada um enxerga estes espaços do seu jeito.
A conversa me fez lembrar uma metáfora muito legal, ouvida do meu grande Mestre José Osvaldo num dos cursos de Programação Neurolinguistica que ele ministrava. Acredito que, com ela, você vai entender bem o que estou dizendo...

No alto do planalto do Tibete, um turista encontra um monge Zen, que caminhava com um discípulo, e pergunta-lhe: "Diga-me como é a cidade de onde você vem?"
O monge responde:
"Como era aquela que você acabou de deixar"?
"Ah, horrível! Muitos vestígios belos do passado, mas com pessoas sujas, feias, pouco hospitaleiras, fofoqueiras e malcheirosas".
"Muito bem! se você está indo para a minha cidade, infelizmente acho que também vai encontrar pessoas sujas, malcheirosas e pouco hospitaleiras e que fedem a cinqüenta metros de distância".
O turista então resolveu passar ao largo daquela cidade.
Ao chegar perto de Ts'ien-fo-Tang o monge encontra no caminho outro turista que lhe faz a seguinte pergunta:
"O senhor, tão sábio e culto, deve conhecer aquela cidade adiante".
"É a cidade de onde eu venho", respondeu o monge.
" E como são as pessoas de lá"?
"Antes, diga-me como são aquelas da cidade que você acaba de sair", pergunta o monge.
"Maravilhosas, muito delicadas, uma alegria só... Foi difícil sair da cidade para continuar a minha viagem".
"Ah! Aqueles da próxima cidade vão parecer ainda mais maravilhosos. Boa viagem e que Deus o acompanhe para todo o sempre!", respondeu o monge.
O discípulo não se conformou com as respostas tão diferentes, e questionou seu Mestre:
"O senhor parece escolher a dedo quem vai entrar em nossa cidade. Para um, diz que ela é um inferno. Para outro, um Paraíso... qual das duas é verdadeira"?
"Ambas", respondeu o monge, para surpresa do jovem.
"Como assim"?
"Meu filho, aprenda: Cada um carrega a cidade em que vive dentro do coração, e o que ele projeta, é o que encontra".