Seja Feliz, seus genes agradecem e retribuem
Fonte: Redação do Diário da Saúde
Outroe |
Depois que pesquisas sobre aepigenética começaram a mostrar que até as experiências de vida dos pais podem ser repassadas aos filhos, abriu-se o campo para estudos sobre associações entre o bem-estar e o DNA.
Mas Barbara Fredrickson e Steven Cole - e seus colegas das universidades da Califórnia em Los Angeles e da Carolina do Norte - queriam saber se o oposto também era verdadeiro, ou seja, se o bem-estar influi positivamente sobre os genes.
O que eles descobriram é que diferentes "tipos de felicidade" têm efeitos surpreendentemente diferentes sobre o genoma humano.
Tipos de felicidade
O primeiro tipo de felicidade que os pesquisadores classificaram foi chamado de "eudaimônico" - de eudaimonia
Pessoas que têm altos níveis de bem-estar eudaimônico apresentaram perfis de expressão genética muito favorável em suas células imunológicas.
Elas têm baixos níveis de expressão do gene inflamatórios e forte expressão de genes ligados a mecanismos antivirais e anticorpos.
Para se sentir mais feliz, fale sobre experiências, e não sobre coisas. [Imagem: Wikimedia/Yann] |
No entanto, tudo é diferente para as pessoas que têm o tipo de felicidade hedonista, descrita como o bem-estar que vem da "autogratificação consumatória" (pense na maioria das celebridades).
Neste caso, a relação entre a felicidade e a expressão gênica mostrou exatamente o contrário.
Essas pessoas apresentam um perfil de expressão genética adversa, envolvendo alta expressão de genes ligados à inflamação e baixa expressão de genes ligados a mecanismos antivirais e anticorpos.
Genoma sensível às emoções
Apesar da diferença na expressão genética, o estudo mostrou que, em termos de sensações, aqueles que se dizem portadores de uma "felicidade hedonista" não se sentem em nada piores do que aqueles que manifestam a "felicidade eudaimônica".
"Ambos parecem ter os mesmos altos níveis de emoções positivas. Entretanto, seus genomas respondem de formas muito diferentes, embora os seus estados emocionais sejam igualmente positivos," explica o professor Steven Cole.
"O que este estudo nos diz é que fazer o bem e sentir-se bem tem efeitos muito diferentes sobre o genoma humano, apesar de gerarem níveis semelhantes de emoções positivas. Aparentemente, o genoma humano é muito mais sensível a diferentes formas de alcançar a felicidade do que as mentes conscientes," conclui Cole.
- Epigenoma cerebral muda com aprendizado e exp
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