Compreender a dinâmica das experiências mentais auxilia-nos a lidar melhor com esse complexo mecanismo do pensar.
Formular pensamentos, ter consciência de nossa lucidez e manipular a capacidade de escolher de dar importância são os maiores atributos da raça humana.
Podemos comparar a mente a um grandioso e sofisticado computador que temos ao nosso inteiro dispor. Como qualquer aparelho de altíssima tecnologia, precisamos conhecer seu manual de funcionamento. O mesmo se aplica ao Universo psíquico. E importante conhecer os mecanismos que compõem a mente, para podermos manipular a capacidade criativa em nosso benefício.
Somos um sofisticado sistema de captação e produção de energias vivificadoras, e a mente canaliza e direciona essas energias vitais, criando a atmosfera energética que influencia a realidade, e estas se moldam de acordo com as nossas crenças.
As crenças podem se originar dos valores morais ou religiosos que nos são passados pela educação ou formulados através de nossas próprias experiências. Elas representam as certezas interiores ou aquilo que tomamos como verdadeiro para nós. Na maioria das vezes são adotadas sem nenhum critério seletivo, não questionamos se esses valores ainda servem para a realidade atual, por isso eles são falsos valores. Porém aqueles que são formulados como resultado de nossas vivências são mais realistas, por isso nós os consideramos valores verdadeiros.
As crenças estabelecidas ao longo de sua existência determinam a maneira como você encara os fatos da vida e servem de base para a escolha de como você deve reagir e se comportar. Para cada pensamento teremos uma reação em nosso sistema ou uma sensação. Assim eles também determinam a qualidade de bem ou mal-estar de seu dia-a-dia.
De uma certa forma, como veremos mais adiante, nossas crenças moldam a realidade, reproduzindo no ambiente externo aquilo que concebemos interiormente.
Cada um vive de acordo com suas próprias crenças.
Se você acredita no bem, terá bons pensamentos, consequentemente sua vida seguirá por um curso harmonioso. Já aqueles que acreditam no mal são maliciosos, vêem maldade em tudo, acabando por atrair episódios ruins. Ser otimista é pensar nas perspectivas favoráveis de uma situação, enquanto ser pessimista é nutrir pensamentos negativos e dar muita importância aos obstáculos.
A mente é comandada por você, por seu livre-arbítrio. De modo geral, aquilo que se pensa sobre si mesmo e sobre a vida determina a realidade à sua volta. Nutrir idéias de inferioridade o faz sentir-se imperfeito. Essa postura criará um cenário desolador, onde você será o protagonista.
Para que a condição interna se torne realidade, é necessário crer de forma total, visceral, apaixonadamente ou a corporificar tais idéias. Não adianta só desejar, é necessário sentir para que se torne real, caso contrário, mesmo querendo ter bons resultados, se os pensamentos não forem fortes o suficiente para impressionar e para se imprimir em nosso sistema, os resultados não serão alcançados.
Todos aspiram a alcançar seus objetivos na vida, mas isso não é suficiente por si só. Para obter sucesso é preciso sentir-se no direito de usufruir os privilégios de ser bem-sucedido. Não basta almejar um bom emprego ou fazer bons negócios, é preciso sentir-se em condições de ser contratado e merecedor da oportunidade profissional. É preciso ter isso implantado em seu sistema, de forma que pareça ser completamente natural.
A força do pensamento atua tanto nas funções biológicas do corpo como no ambiente ao redor. Alguns exemplos corriqueiros tornam isso mais explícito, como pensar em comida e sentir fome, ou imaginar que algo é ameaçador e sentir medo — esse estado produz no corpo a adrenalina que estimula as funções biológicas deixando-o em alerta. Em relação à atuação da mente no exterior, observam-se os seguintes exemplos: ter medo de determinados insetos e freqüentemente deparar com os mesmos; pensar que algo pode dar errado e não conseguir realizar aquela atividade.
Antigamente acreditava-se que a mente era restrita ao nosso mundo interior. Considerava-se que ela se limitava ao cérebro. Desse modo, sua atuação era puramente interna, não exercendo nenhuma influência no exterior.
Essa visão é baseada no conceito de que o poder do homem obedece a uma seqüência predeterminada: pensar, mover o corpo e com isso promover reações no mundo.
Afirmavam os antigos estudiosos do comportamento humano que somos um ser constituído por partes isoladas que se interligam pelas funções, como o mecanismo de um carro ou de outra máquina qualquer. Assim, eles falavam de mente, emoção, sentimento, corpo, alma, como partes de uma máquina biológica.
Atualmente essas noções estão ultrapassadas. Os cientistas afirmam que não existe nada individualizado no homem, que tudo é um conjunto integrado. Assim, somos sentimentos, emoções, espírito, neurônios e o corpo inteiro. Na visão metafísica, isso se estende também ao ambiente, às pessoas ao redor e ao universo. Portanto, o que é considerado mente na verdade são atributos naturais e não possuem fim ou começo. As concepções mentais são capazes de abranger todo o Universo, podendo exercer algum tipo de influência nele.
Gasparetto & Valcapelli