A FÍSICA DAS POSSIBILIDADES- Flávio Souza

Fonte: www.vocevencedor.com.br
Autor: Flávio Souza
 
A Física das possibilidades

  Quem  somos? De onde viemos? E para onde vamos? Porque estamos aqui? O que  devemos fazer? Estas são questões fundamentais que o homem ao longo do  tempo procura responder. A ciência, a filosofia e centenas de religiões  buscam as respostas sobre a humanidade, sobre o universo e sobre Deus.  Todos acreditam ser donos da verdade como se ela fosse só uma.
  Mas, afinal, o que é a realidade? O que achávamos irreal, hoje pode  ser mais real de certa forma do que as coisas que víamos como reais.  Esta “realidade” que conhecíamos, agora, mediante a física quântica  parece ser mais irreal.  Na verdade, ainda não podemos explicar tudo. E quem tenta explicar, se  perde no labirinto destes mistérios. Quanto mais se estuda a  existência, mais misteriosa e fantástica ela se torna. É chegado o  tempo de um novo paradigma onde tudo é possível, onde ciência,  filosofia e religião se convergem para se fundir no mundo das  possibilidades.  Estamos falando da física quântica, a nova ciência, que permite a mente  suprema, a existência de Deus. A ciência nunca pôde provar a existência  do Pai Criador, na maior parte das vezes negando sua existência, a  física moderna diz que sem Deus não há ciência.
  No início do universo só havia o vazio, transbordando de energia com  infinitas possibilidades das quais nós somos uma. Instala-se a  confusão, o que está acontecendo e por que estamos aqui? De onde nós  viemos? O que faz a física quântica? Porque chamada “a física das  possibilidades”?
  Tudo o que você chama de alta tecnologia - a televisão, as lâmpadas  fluorescentes, o laser, o seu gravador, o telefone - está fundamentado  na física quântica.
  Apesar de todo o desenvolvimento da ciência e do surgimento da física quântica e de seu uso na tecnologia, o homem ainda explica o universo a partir  da teoria de Newton, formulada no século 17 porque ele está  condicionado a viver neste mundo “linear, explicável e controlável” que  nós conhecemos através da física newtoniana. O homem comum não está  acostumado a ver a realidade através do prisma da teoria quântica,  porque esse conhecimento é extremamente específico e a linguagem da  física quântica é a matemática avançada, mas aos poucos vamos  desvendando este mundo das possibilidades.
  O problema é que a  ciência é cheia de dogmas, tanto quanto as religiões. E ela não  responde o porquê das coisas, diz que provou “certas realidades” e  ditam isto como verdades absolutas. Ela só tem respostas para o  “comportamento” da nossa realidade; nós não sabemos, por exemplo, o que  é um átomo, um elétron. Nós sabemos que eles se comportam como onda e  partícula, mas o que são realmente nós não sabemos ainda.
  A ciência trabalha com conceitos e o conceito é aquilo que é  consensual, aceito por um grande número de pessoas, isso não quer dizer  que seja uma verdade absoluta. Às vezes acreditamos em certas coisas  que não têm comprovação experimental, e os cientistas chamam de  especulação, recusam tal possibilidade. Mas nada é mais especulativo do  que a ciência em si, porque ela trabalha com verdades relativas e  temporárias. Isso não diminui em nada a sua importância para a  humanidade, mas muitas pessoas têm a tendência de colocar a ciência  como juiz da verdade. Dizem: "Isso já está comprovado cientificamente -  é uma verdade." Não é bem assim! Antigamente, a Terra era considerada  plana e o centro do universo - e isso podia ser comprovado  cientificamente!
  Até  o início do século XX, a visão de mundo baseava-se no modelo  mecanicista newtoniano do universo, o qual perdurou por mais de 300  anos e impregnou profundamente nosso modo de perceber a realidade. Era  como um alicerce poderoso a apoiar toda a ciência; aprendemos, segundo  esse modelo, que o ser, em seu nível mais elementar e indivisível,  consiste de partículas pequenas e distintas, os átomos.
  Aprendemos que os átomos colidem, atraem e repelem uns aos outros.  Ocupam lugares próprios no espaço e no tempo. O espaço é  tridimensional, absoluto, idêntico e imóvel. Todas as mudanças do mundo  físico eram descritas em termos do tempo, também absoluto, fluindo  uniformemente do passado ao presente e deste, ao futuro. Os movimentos  de onda (como de ondas de luz) eram considerados vibrações que ocorriam  no éter, não sendo objetos de investigação.
  Essa visão mecanicista implicava num determinismo rigoroso, colocou-se  o universo dentro de regras rígidas de “comportamentos reproduzíveis”.  Tudo possuía uma causa definida que gerava um efeito – o princípio da  causalidade. A base filosófica desse determinismo provinha da divisão  entre o eu e o mundo introduzida por Descartes, no século XVII. Os  eventos deveriam ser descritos objetivamente, sem sequer se mencionar o observador humano. A objetividade tornou-se o ideal da  ciência.
  A  filosofia de Descartes influenciou todo o modo de pensar ocidental. Seu  “penso, logo existo”, levou à separação mente/corpo e à tendência do  homem ocidental a ver as partes em detrimento do todo, o homem deixou  de ser visto holísticamente e passou a ser visto como um conjunto de  partes. Separou-se o homem do meio, do universo em que vive.  Confundiu-se a forma de pesquisa com a forma de ser.
  Todavia, é  inegável que tanto a divisão cartesiana quanto a visão mecanicista do  mundo mostraram-se muito úteis para o desenvolvimento da física  clássica e da tecnologia. O modelo newtoniano continua válido para  objetos que possuem grande número de átomos e, exclusivamente, para  eventos com velocidades pequenas se comparadas à da luz. Mas, isso tudo  está sendo mudado para uma nova forma de se conceber e entender as  coisas, um novo paradigma.
  Ainda no século XIX, os trabalhos de Faraday e Maxwell causaram o  primeiro grande abalo sobre o modelo mecanicista de Newton: os  fenômenos eletromagnéticos não podiam ser adequadamente descritos, pois  envolviam um novo tipo de força, na verdade um campo de força, que não  podia ser decomposto em unidades fundamentais como era concebido. A  física quântica vem  mostrar que esse mundo microscópico é diferente do que se pensava, uma  nova visão surgiu, os conteúdos e axiomas antes identificados ou  aceitos consensualmente pelos cientistas sobre a maneira de entender,  de perceber, de agir a respeito do mundo mudaram.
  Agora, muitas  pessoas podem dizer que a física quântica só funciona para o mundo  microscópico e que, na nossa realidade macroscópica, predominam as leis  mecanicistas de Newton. Isso é a mesma coisa que dizer que nós somos  feitos de células, mas as propriedades das células não têm nada a ver  conosco. Existe essa realidade quântica por trás deste mundo em que  vivemos – isso é certo. Dizer que a física quântica não tem influência  no nosso mundo macroscópico é uma afirmação incoerente, uma distorção  da realidade.
  Em 1905, Albert Einstein publicou dois artigos que deram início a  rupturas conceituais revolucionárias. Um deles foi a teoria especial da relatividade. O outro era o embrião da futura física quântica,  desenvolvida 20 anos mais tarde. Ambos os artigos desfizeram os  conceitos básicos da visão mecanicista do mundo: inexiste um fluxo  universal do tempo, como aprendemos a vê-lo; massa é uma forma de  energia, não mais o que pensávamos antes. Espaço e tempo acham-se  intimamente vinculados, formando um continuumquadridimensional, o  “espaço-tempo”; não se pode falar de um sem falar do outro;
  Assim  nasceu a Física Quântica. Vários fenômenos impensáveis pela ciência  relativos à estrutura dos átomos foram descobertos. A matéria não é o  que pensávamos ser, os cientistas viam a matéria como fundamental, algo  estático, previsível e sólido. Sabe-se agora que as partículas ocupam  um espaço insignificante nas moléculas e átomos. São partículas  fundamentais, mas o resto é vácuo. O que percebemos agora é  que parece que essas partículas aparecem e desaparecem o tempo todo.  Para onde vão quando não estão aqui? Essa é a pergunta desconcertante  que a física quântica busca responder. Será que vão para mundos  alternativos? Será que o que existe deixa de existir e depois volta a  existir? É o momento de novos paradigmas.
  Para entendermos melhor,  podemos visualizar o tamanho de um átomo, imaginemos uma laranja do  tamanho do planeta Terra. Os átomos da laranja possuirão o tamanho de  cerejas. Um átomo é extremamente pequeno se comparado a objetos  macroscópicos, mas é enorme se comparado ao seu núcleo. Para que  pudéssemos ver o núcleo de um átomo, teríamos que ampliar o átomo até  que este atingisse o tamanho da abóbada da Catedral de São Pedro, em  Roma. Nesse átomo, seu núcleo seria do tamanho de um grão de sal!  Bentov, 1988
  O que conhecemos como matéria é “repleto de vazio” e as suas partículas  aparecem e desaparecem o tempo todo, estando sujeitas a observação  humana, isto é, somos co-criadores do universo. O mundo em que vivemos  depende de nós mesmos.
  Através  deste novo paradigma tudo seria realmente possível, podemos fazer  verdadeiros milagres. E, o que é um milagre? É tornar possível uma  coisa que normalmente achamos que é impossível. Na verdade, a física  quântica é o reino de todas as possibilidades. Tudo é possível e  depende do que você acredita sobre estas possibilidades.
  O problema  é que, na hora em que vamos "aprendendo" a viver neste mundo, com uma  visão mecanicista vamos nos condicionando; perdemos a fé naquilo que  achávamos que podia ser possível. Se levarmos ao pé da letra a nossa  compreensão da vida segundo a física quântica, vamos ter a seguinte  condição: o mundo é da forma que nós acreditamos que ele seja; nós  construímos o nosso meio de acordo com nossas crenças.
  Como vimos, um átomo não é um núcleo central e um elétron girando em  torno dele - esse modelo está totalmente superado. Assim, ele viola a  lei do eletromagnetismo. O elétron tem de estar distribuído  uniformemente em volta do átomo; ao mesmo tempo, ele é uma onda, uma  partícula. A lógica humana ainda não consegue conceber isso, porque é  algo que está fora deste universo newtoniano que nós aprendemos na  escola e na vida.
  A mais revolucionária e importante afirmação que a física quântica faz  sobre a natureza da matéria provém de sua descrição dadualidade onda-partícula.  É a afirmativa de que, no nível subatômico, os elementos atômicos, a  luz e outras formas eletromagnéticas têm um comportamento dual: em  determinados momentos são ondas e depois partículas e vice-versa. Podem  ser igualmente bem descritos tanto como partículas sólidas, confinadas  a volumes e espaços definidos, quanto como ondas que se expandem em  todas as direções, isso vai muito além da física tradicional que  conhecemos e é muito mais próximo da fé em conhecimentos milenares.
  Além  disso, nenhuma das descrições é suficiente ainda para se compreender a  natureza das coisas. É a própria dualidade o aspecto básico. Um aspecto  complementa o outro e, ainda mais estranho, aexpectativa do observador se reflete na experiência. Onde se espera  encontrar partículas, lá estão elas. Da mesma forma ocorre com as ondas.
  Outro princípio  fundamental da física quântica é a Teoria  da Incerteza de Heinsenberg, onde: nunca se consegue observar um elétron e medir sua  velocidade ao mesmo tempo. Ao incidir um foco de luz para observá-lo,  sua velocidade se altera. Então, não se sabe mais onde ele estava  antes. Consegue-se medir ou sua exata posição – quando ele se manifesta  como partícula – ou sua velocidade oumomentum –  quando se expressa como onda, mas nunca ambos a um só tempo. A incerteza substitui, então, o determinismo e aobjetividade.
  É o observador, por meio da observação, que fixa o elétron, densifica  sua energia e o observa numa determinada posição. Diz-se que o  observador provoca o colapso de sua função de onda. O colapso de uma  onda é o processo de sua transformação em um corpúsculo, uma partícula.  Um elétron em um átomo, por exemplo, está distribuído numa região  esférica em torno do núcleo.
  No  ato da observação ele se torna uma partícula. No nível subatômico,  não  se pode dizer que a matéria exista com certeza, em lugares definidos.  Diz-se que ela apresenta “tendências a existir” e  que os eventos têm “tendências a ocorrer”.  Este é o mundo das possibilidades que é determinada pelo observador, é  quando estamos criando o nosso mundo, a nossa realidade, transformando  energia em matéria.
  Digamos que, no nosso universo, existe uma  substância universal chamada substância quântica - que você pode chamar  de éter ou de qualquer outro nome. Essa substância quântica é um mar de  todas as possibilidades; aí tudo é possível.
  A primeira coisa que temos de fazer quando desejamos algo no universo  atômico é selecioná-lo desse quadro de todas as possibilidades. Depois  que selecionamos, isso ainda é algo meio nebuloso. Então, observamos.  No ato da observação esse algo nebuloso e mal definido colapsa, se  transforma naquilo que queremos, por exemplo, um elétron, um próton - é  mais ou menos assim que acontece, depende da vontade consciente do  observador... da nossa vontade.
  Se transpormos para o macrocosmo essa questão da vontade em relação aos  átomos, podemos dizer que temos a capacidade de modificar a realidade.  Se temos poder de criação no fenômeno quântico, atômico, no  microcosmos, este compõe o macrocosmos que é a “realidade” que vivemos.  No que colocamos atenção na nossa vida mental, criamos em nossa vida  “real”.
  Hoje  a ciência já sabe que existe uma realidade maior do que as regras dão  sustentabilidade a essa realidade newtoniana em que nós vivemos. Ou  seja, os fenômenos quânticos é que vão dar origem a tudo o que existe.  Só que eles são de tal forma e complexidade que ainda não podem ser  compreendidos pelo intelecto humano; eles o transcendem e vão muito  além. O cérebro foi criado para compreender o trivial nosso de cada  dia, aquilo que vivemos no corpo físico. Ainda não é fácil aceitar o  quadro da física quântica, até mesmo Einstein teve muitas discussões  com Niels Bohr e outros criadores da mecânica quântica.
  Para a  física quântica, por exemplo, não existe mais um universo objetivo,  quer dizer, eu aqui e o meu experimento lá; tudo é subjetivo,  porque eu sou parte do experimento. Considerando isso, talvez a ciência  devesse levar mais em conta o sentimento e o pensamento humano que  afetam as probabilidades de um evento acontecer.
  Fala-se em ondas  de probabilidades ou ondas de matéria. Todas as leis da física quântica  são expressas em termos dessas probabilidades. No domínio dos “quanta”  – que são pacotes de energia –, hoje chamados fótons, não se pode mais  ter objetividade completa. O próprio fundamento da visão mecanicista -  o conceito de realidade da matéria - foi posto abaixo, pois no nível  subatômico os materiais sólidos dissolvem-se em padrões de  probabilidades semelhantes a ondas, a física das possibilidades.
  Como vimos, isso se deve às propriedades dos átomos que compõem matéria  sólida e que consistem quase que integralmente em espaço vazio. Seus  núcleos, pequeníssimos e estáveis, constituem a fonte da força elétrica  e contém quase toda a massa do átomo. Os elétrons transitam de um  estado de energia a outro de forma espontânea e aleatória,  absolutamente imprevisíveis.
  Na  verdade, os átomos nem “giram em torno do núcleo”, como aprendemos na  escola. Os elétrons reagem ao confinamento no átomo movimentando-se em  altíssimas velocidades, da ordem de 960 km/s. São essas velocidades que  fazem com que os átomos pareçam esferas rígidas. Os prótons e nêutrons,  dentro do núcleo, confinados num espaço muito menor, percorrem o núcleo  de um lado para outro a 64.000 km/s!Bentov, 1988
  Existe um  equilíbrio ótimo entre a força de atração do núcleo e a resistência dos  elétrons ao confinamento. É a interação entre elétrons e núcleos que  constitui a base de todos os sólidos, líquidos e gasosos, dos  organismos vivos e de seus processos biológicos.Tudo é parte de um  todo.
  Todo o Universo aparece, aos físicos quânticos, como uma teia dinâmica  de padrões inseparáveis de energia. “Uma contínua dança de  energia”.Capra, 1975 Energia elétrica, magnética, acústica ou  gravitacional. Esse todo dinâmico sempre inclui o observador humano,  nós fazemos parte da cadeia de processos de observação, e as  propriedades de qualquer objeto atômico só podem ser conhecidas em  termos de interação do objeto com o observador.
  Bem, se dispuséssemos de um supermicroscópio imaginário com o qual  fôssemos examinar, por exemplo, um fragmento de osso, num dado momento,  depois de toda ampliação possível, estaríamos vendo uma pulsação  indistinta, vastidões de espaços vazios permeados por campos oscilantes  de diversos tipos, pulsando e propagando-se cada vez mais para longe.  Bentov, 1988
  Desse  modo, as partículas passam a ser vistas como padrões dinâmicos, que  envolvem uma determinada quantidade de energia que se manifesta a nós  como sua massa. É somente uma manifestação como massa, então tudo que  vemos como mundo físico está repleto de vazio, tudo na verdade é  energia que pode se comportar como massa sólida e dependendo do “olhar”  do observador, da nossa observação.
  Talvez, se a física quântica  passasse a ser ensinada na escola, isso levaria a uma transformação da  realidade, já que as crenças humanas seriam diferentes, como aquilo que  acreditamos determina nossa realidade, teríamos um mundo completamente  diferente do que ele é hoje.
  É isso mesmo, do ponto de vista da física quântica, a mente prevalece  sobre a matéria - e não ao contrário, como a ciência está, até certo  ponto, acostumada a colocar; quem cria a matéria é a mente. Então, se a  pessoa começa a ter uma compreensão da realidade fundamentada na física  quântica, lógico que a mente tem de prevalecer sobre a matéria, e daí  ela vai começar a dominar todo o processo de criação. Somos  co-criadores do universo, estamos nos lugares e situações que nós  mesmos nos colocamos. Estamos hoje, criando nosso futuro e isso começa  no pensamento.
  Na  verdade, nós já vivemos antes a experiência de estar num mundo parecido  com o da física quântica. Nossa primeira infância era praticamente  fundamentada no mundo das possibilidades. Não tínhamos nenhum  condicionamento deste mundo em que nós vivemos, não havia nenhuma  limitação; tudo parecia possível. O mundo era mágico, completamente  diferente deste mundo em que vivemos atualmente. Porque nós  acreditávamos,  tínhamos fé. Ter fé significa confiar, acreditar em  algo e não ter conflito em relação àquilo ser ou não daquele jeito,  estamos falando de ausência de dúvidas. Este é o vale de todas as  possibilidades. Como seria se continuássemos a acreditar nisso?
  Ainda falta muito, a teoria quântica está “constrangedoramente  incompleta e permanecerá assim até que possamos incluir os observadores  e, ao menos no caso dos observadores humanos, incluir a consciência com  a qual fazem suas observações”. Zohar, 1990 Isso decorre do fato de  existirem equações para descrever eventos mecânico-quânticos, mas não  para descrever o comportamento do observador, há muito a percorrer no  caminho deste conhecimento. O problema da consciência (ou estados  mentais) é central na física hoje. Até mesmo defini-la é difícil, neste  novo paradigma estamos falando de probabilidades.
  A maioria dos físicos que procuram uma sede física para a consciência  presume, hoje em dia, que sua fonte deve estar na capacidade funcional  do cérebro em si. A natureza exata da ligação entre estados físicos do  cérebro e estados mentais ainda é um grande mistério, tanto para a  ciência como para a filosofia, nem tanto assim, para algumas religiões  quando se fala sobre espiritualidade. Será que não é a hora de a  ciência ouvir o que os conhecimentos humanos milenares tem a nos dizer.
  Há  quatro mil anos, Buda dizia que a mente prevalece sobre tudo; ela  domina e cria tudo, então, a milhares de anos os místicos já conheciam  parte desse universo quântico. Hoje a mecânica quântica está chegando  exatamente nesse ponto. Mas, por que as pessoas não utilizam isso?  Porque é uma coisa diferente daquilo que elas realmente acreditam. Há  cientistas que preferem não ter resposta nenhuma do que admitir que  existem outros elementos para serem colocados dentro da ciência, estão  no velho paradigma.
  Estamos  numa época de mudança de paradigmas e vamos ter de colocar o homem  dentro da ciência. Se a energia psíquica cria os experimentos, a  natureza, a matéria, se não colocarmos os elementos da mente humana na  física, ficará extremamente incoerente entender o que está acontecendo.  Há experimentos sendo realizados que parecem ser mágicas de tão fora do  contexto newtoniano, mesmo “vendo” muitos não crêem.
  Quando  aceitarmos que a mente cria e domina a matéria, a nossa  responsabilidade diante do mundo vai aumentar milhões de vezes, pois  nesse caso, o homem cria o meio. Então, somos cúmplices de todos esses  fatos que estão acontecendo à nossa volta. Consciente ou  inconscientemente, nossas escolhas do passado nos colocaram onde  estamos, nossas escolhas de hoje determinarão onde estaremos no futuro.  Só que provar isso cientificamente é complexo uma vez que a influência  do homem no meio ainda não é muito bem compreendida pela ciência.  Devemos compreender, no entanto, que a ciência trabalha com verdades  relativas, e as verdades relativas não são permanentes. O que vale hoje  pode não valer amanhã. A ciência evolui; através da pesquisa, ela muda  os seus conceitos. Você pode escolher: ver para crer ou crer para ver.
  Um dos físicos que criaram a teoria da supercordas, David Cross,  acredita que para entender o universo só precisamos de uma única lei  universal, tudo o que existe são vibrações, que vêem de uma única  fonte, tudo pode ser regido por uma só lei. Nessa teoria o universo é  uma imensa orquestra, só estaria faltando para a ciência descobrir o  maestro regente... Que, se levarmos para o lado da fé, seria Deus, o  Maestro Regente do Universo.
  Mas, as pesquisas científicas estão muito longe ainda de chegar a  explicar Deus. Por enquanto, estão querendo chegar só um pouquinho além  da matéria, o que já é um grande passo.
  Por  exemplo, se falarmos de efeito placebo (cura espontânea) para um  cientista, ele vai dizer que não tem explicação para isso. Mas, se a  mente prevalece sobre a matéria, se a sua mente acreditar na  possibilidade de ser curado e não tiver conflito, através da ausência  de dúvidas chamada fé, você vai conseguir se curar. Assim é o mundo de  possibilidades do universo quântico.
  Newton não inventou a lei da  gravidade, as maçãs já caiam da macieira muito antes de suas  observações. Existem pessoas que dizem que o conhecimento de Deus está  na Bíblia. Será que o conhecimento de Deus não está em tudo? Na Criança  que sorri, na folha de uma árvore, no ato de uma mulher dar a luz, está  escrita a história do universo inteiro ou no nosso próprio dia-a-dia.
  Falando em física quântica é contraditório fechar este artigo com uma  conclusão, faça a sua. Falando de uma maneira bem simples, é uma física  de possibilidades. Abre fundamentalmente as perguntas: “quais  possibilidades?” e “Quem escolhe entre estas possibilidades, para nos  dar o evento atual que experimentamos?” A única resposta satisfatória,  lógica e significativamente, é que a consciência é a fundação de toda a  construção, o fundamento de todos os seres, o fundamento do universo.
  Precisamos buscar o conhecimento sem qualquer interferência dos nossos  hábitos e paradigmas antigos e se pudermos fazer isso, manifestaremos o  conhecimento na realidade e nossos corpos o vivenciarão de novas  maneiras, numa nova química, em novos hologramas, em outros novos  lugares de pensamento além de nossos sonhos mais arrojados, vivermos  nossas potencialidades de uma maneira jamais sonhada. Pense: Quais são  suas possibilidades?

Sobre o autor do site vocevencedor.com.br:

Flávio Souza- Formador de Coaches da International Coaching Community – ICC e Lambent do Brasil - CEO da Você Vencedor Soluções Empresariais

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